Flamengo e Athletico-PR entram em campo neste sábado (29), em Guayaquil, no Equador, pela grande final da Libertadores da América. Por conta do bom momento vivido, o Mais Querido leva um favoritismo por parte da imprensa. Em entrevista ao Jornal O Dia, o ex-jogador e comentarista Zinho, fez uma análise da partida:
“O Flamengo chega como um favorito nessa final pela qualidade técnica do time e motivado também pela conquista da Copa do Brasil. Um título importante, tetracampeonato. Isso traz uma confiança pro time do Dorival que vive um momento bom também no Brasileirão, mesclando a equipe, aproveitando todo o elenco, está em terceiro lugar no campeonato. Deu ritmo de jogo pros seus jogadores e agora tem mais opções pra mexer na grande decisão. Fora que tem um time titular já montado, estruturado, com a qualidade ofensiva de grandes jogadores decisivos. Pontos fracos que poderiam aparecer nessa grande decisão são os jogadores que fisicamente apresentam uma condição ruim. O problema no pubis do Arrascaeta é sempre aquela dúvida de suportar os 90 minutos do jogo com o mesmo ritmo, com a intensidade que a final pede. Tem o Vidal também como dúvida e o Thiago Maia. São dois jogadores que ocupam o setor de volante. Na decisão contra o Corinthians o Flamengo sofreu nessa posição do campo já que não tinha o João Gomes”, afirmou.
“O Pedro tem sido um jogador importantíssimo, artilheiro da Libertadores, até lutando pelo prêmio de melhor jogador da competição. Mas eu acredito que isso é muito pelo desempenho do Gabriel. Hoje não está sendo aquele jogador de fazer os gols, o artilheiro. Mas pra mim ele está até jogando melhor do que antes. Eu gosto desse novo Gabigol mais coletivo, mais obediente taticamente ou mais comprometido com a parte tática da equipe. Recompondo sem a bola, ajudando, se interessando, se entregando. Vejo um Gabigol muito mais maduro e é até melhor pra sequência da carreira dele. Acho que ele ajudou muito nessa ascensão do Pedro, e o Pedro também o ajudou muito pra que ele entendesse o novo posicionamento, agora com mais mobilidade, mais movimentação. Hora ele é o garçom, hora é o cara pelo lado direito, o jogador que infiltra, que entra na área pra fazer gol também. O Gabriel me agrada muito mais nesse estilo de jogo. Um cara que tem exercido até uma liderança dentro do campo, chamando sempre a responsabilidade. Isso é a personalidade dele. O Gabriel vive um grande momento”, analisou.
“O Flamengo tem uma equipe já com idade avançada, então acho normal fazer essa mescla em muitos jogos. Final de temporada priorizou o time considerado titular nas copas, consegue o título da Copa do Brasil e está na final da Libertadores. Não vejo como pressão porque usou essa estratégia e o Flamengo tem que vencer a Libertadores. Está na final, é favorito pelo time que tem, por estar disputando a terceira final em quatro anos e a maioria do elenco estar em todas essas decisões. É jogo único, é jogo difícil. Fisicamente é o foco que o Athletico Paranaense pode equilibrar o jogo, colocando intensidade. Acredito que o Flamengo não tem essa pressão. Foi uma estratégia, já tinha uma diferença grande de pontos pro Palmeiras e a possibilidade de título era maior nas copas. Acho que o Dorival fez certo. Poderia sim ter colocado mais titulares no Brasileirão quando tinha uma possibilidade de encostar líder, mas acho que é uma estratégia positiva e vitoriosa porque já conseguiu um título”, encerrou.